terça-feira, 22 de setembro de 2015

Aprendizados: uma questão de tempo

É certo que dizer que tem coisas que aprendemos com o tempo pode levantar diversas questões de cunho pedagógico, colocarmos uns contra os outros e talvez até mesmo alimentar o incêndio de que devemos todos nos aquietar e esperar que a banda passe lá fora, pois tudo ficará bem.

Não, caro leitor, esta não é a intenção desta postagem. Na verdade, a intenção é proporcionar a reflexão sobre o fato de que, com a experiência e a superação de crises e desafios, nós aprendemos bastante com o passar do tempo.

Me atrevo a destacar que, com os tombos e as cicatrizes da vida, certamente nós vamos aprendendo à melhor maneira (nossa maneira) de lidar com algumas questões e de planejarmos nossas ações.

Isso nada tem de contraditório com o fato de que alguns jovens, bem sucedidos, iniciam em pleno gozo e com ótimas realizações sua carreira profissional. Ora, preparo é algo realmente importante, sentir o mercado e o que ele espera do profissional, indiscutivelmente também. Não obstante, mesmo estes profissionais, aprendem muito em suas trajetórias e, em absoluto, ao realizarem reflexões sobre suas práticas após alguns anos, perceberão que superaram alguns erros bobos e sem sentido.

Então, qual o propósito de tantas divagações? O propósito é que o aprendizado mais efetivo e significativo, do qual não podemos nos esquivar, chama-se mudança.

E ela se processa no tempo, com significado diferente para cada um de nós. Com sensações diferentes também.

Quando estava na graduação, tive um professor que insistia muito em uma citação de que "a única certeza na vida é a mudança". De fato, nobre e estimado leitor, é apenas ela que é certa.

Vivemos uma era tecnológica, com dimensões incomparáveis de gerações anteriores, onde o novo se torna obsoleto em semanas, dias, horas, minutos...

Estes pequenos fragmentos nos fazem reagir às mudanças, assimilando-as ou buscando evitá-las; quando na verdade é pior nadar contra a correnteza.

E qual será o término disso? Leitor, não há fim, não mais identificável: nós apenas abrimos a porta para o inimaginável; para concluir esta reflexão sem fim, basta lembrarmos o que apregoava a série televisiva Arquivo X: "A verdade está lá fora".

(PS: Mas cuidado, a mentira também... e apenas com o tempo nós aprendemos a sutil diferença entre as duas)

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Afinal, o que é ter sucesso?

Todos os dias, em revistas de negócios ou mesmo em programas televisivos, somos bombardeados com o conceito de sucesso profissional e pessoal.

Mas, afinal, o que será que significa este sucesso? Existe uma medida ou um indicador para sinalizar que o alcançamos ou não? E depois de cruzarmos esta tênue linha, qual o nosso real papel?

Como administrador, aprendi em minha formação que uma organização que faça o seu papel com sucesso deve conciliar uma série de fatores, dentre os quais neste nosso diálogo vou elencar aos seguintes: encantar continuamente seus clientes (o verbo usado neste primeiro fator eu aprendi em um estágio que fiz há alguns anos), conseguir reduzir custos e maximizar receitas (é certo que tudo tem que ocorrer que forma ética e sem sonegação de impostos, no entanto sempre é bom relembrar) e proporcionar uma devolutiva à sociedade (seja empregando pessoas, ou mesmo interferindo - preferencialmente de forma positiva - nos espaços sociais).

Contudo, caro leitor, é possível que esteja se perguntando: Será que estes fatores tem algo a ver com sucesso? Se pensarmos numa organização, que envolve não apenas aos executivos, como também seus colaboradores diversos, de que forma pode ser segregado este conceito de sucesso?

Apesar de, em termos um pouco mais reflexivos, a última pergunta proposta conotar um reducionismo (dividir o sucesso), acredito que seja, de fato, algo relevante para se refletir.

Ocorre que, como seres humanos que somos, nós nos acostumamos com situações mais tranquilas, naquela zona de conforto tradicional onde tudo está bem. E, para alguns, esta situação pode ser a máxima de sucesso.

O sucesso pleno envolve todas as instâncias de nossa vida e, de certa forma, pode ser alcançado com a conquista de nossos sonhos. Mas estes sonhos não devem ser nem tão pequenos, para que os superemos e percamos nossa determinação, nem mesmo tão elevados que nos pareçam inalcançáveis e que nos façam desistir de caminhar e trabalhar a seu encontro.

O sucesso deve ser alcançado em pequenas e saborosas dosagens, de forma planejada, sempre visando passos menores de um grande plano. Mas para termos sucesso de forma plena, consoante ao que dissertei no parágrafo anterior, precisamos envolver outras pessoas em nossa história e também nos nossos sonhos.

Tal envolvimento significa que nós nos comprometemos com os outros: um empreendedor que decide iniciar uma atividade deve pensar nos seus sonhos, no valor que quer transmitir para à sociedade (geração de empregos formais, geração de renda), na forma como quer diversificar suas atividades (criar soluções que farão a diferença para seus clientes), dentre uma série de outras questões; um líder político necessita pensar na coletividade, no estabelecimento de políticas públicas que atendam aos interesses sociais, na promoção de práticas éticas e responsáveis e em desdobramentos destas questões.

É certo, portanto, que não encerraríamos tal questão nem com centenas de páginas redigidas sobre o assunto; poderíamos nos espelhar em muitos teóricos da área, promover recortes e estudos com diversos grupos profissionais; mas sempre haveria algo mais a se dizer, uma nova variável de destaque, conforme o cenário econômico, ou conforme o público tratado.

A intenção deste texto não é, desta forma, esgotar o assunto; mas colocar ainda mais lenha na fogueira e fomentar à pergunta que apenas você mesmo, nobre leitor, deve se fazer: e então, você está no caminho para o sucesso?

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sustentabilidade Violada

Caros leitores, boa noite!

Antes de mais nada, gostaria de me desculpar pelo desuso aplicado a este blog. A pretensão de "A última palavra", quando de sua criação, era utilizar do canal de comunicação online para verbalizar uma série de críticas inerentes ao organismo social e suas vertentes.
Desta forma, aproveito a postagem atual para relatar uma experiência que vivi no supermercado nesta semana.
Claro que, de tão batido que foi o tema, todo mundo sabe muito bem que temos que mudar de atitudes para preservar o planeta e, exatamente por isso, as organizações decidiram assumir uma postura de Responsabilidade Social e voltadas para um mundo sustentável.
Ora, feita tal ressalva, imagine o quanto eu fiquei admirado, querido leitor, ao ser informado no supermercado que já vigora a regra de que o supermercado não dará sacolas plásticas. Vivenciei aquele misto de alegria, por conta do ganho real para a causa, mas aterrorizado com o fato de que eu não teria como levar minhas pequenas compras para casa.
Com tantas sacolas sustentáveis em casa, corei de vergonha por não estar com nenhuma delas. Foi quando indaguei se a balconista teria sacolas para vender. EU JURO QUE EU NÃO PENSEI EM MOMENTO NENHUM EM COMPRAR UMA SACOLA PLÁSTICA que não fosse sustentável, mas, imagine que o estabelecimento vende esta a uma bagatela de R$ 0,19.
Vergonhoso: a sustentabilidade ficou só na palavra, não? Como comparar uma sacola renovável de R$ 3,00 com sacolinhas plásticas à razão de um quinze avos? Ou seja, para um cliente que comprou miudezas, sempre valerá a pena gastar centavos!
A conclusão que tiro disso é que a sustentabilidade ainda precisa de mais respeito, porque o preço para evitá-la ainda está cômodo demais...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Direitos do Consumidor

Caros leitores, muito boa noite.
É com grande tristeza e pesar que selecionei este tema para abordar nesta postagem. No entanto, é fundamental fazê-lo.
Podem passar alguns meses, talvez anos, mas é recorrente a necessidade de procurarmos nossos direitos por mal atendimento ou não cumprimento de termos contratuais em serviços adquiridos.
Eu mesmo, já tive diversos problemas e - quando aparentemente acabam - volta um turbilhão de eventos para se "tomar providências", pagar horrores em 4004, 4003 e compania limitada. Primeiro que, é um desrespeito estes números de telefone: pagamos para pedir que sejam revistos pontos incorretos com relação ao serviço que nos prestam.
E a musiquinha consome nossos tímpanos. Transferem de um setor pra outro e nada de resolução. Perdemos a paciência, mas não adianta: apenas piora nosso humor.
E quando resolve, é em débito na próxima fatura. Ou pior, você pode conquistar o desconto fazendo uma aquisição no próximo mês.
A EMPRESA DE TAL agradece a ligação. Agradece? Uma ova!
Fico farto destes fatos inconcebíveis que temos de enfrentar dia-a-dia. São as chagas da globalização e, o pior, se você fala qualquer coisa é um ultrage, heresia!
Imagine você que, repetindo as mil e uma vezes seu caso para milhares de pessoas, e confirmando o RG, CPF, Telefone, Nome da Mãe, Usuário, Cartão de Crédito, perderá horas da sua vida e: em vão, pois mês que vem se faz necessária a mesma jornada.
Até que, cancelará os serviços (às vezes até segura as pontas até o vencimento do contrato).
Contrato? Eu nem assinei nada! Ah, mas em tempos de globalização não precisa. Como você não revisou as atualizações nem soube que concordava automaticamente com elas.
E poderíamos ficar a falar destas coisas a noite toda. Toda mesmo.
Por isso, toda esta postagem está publicada na WEB simplesmente porque encontrei na página do PROCON SP o Ranking, isso mesmo o ranking, das empresas com maior número de reclamações fundamentadas.
Isso que foi só as que julgaram procedentes, imagina os erros de julgamento que não constam na lista...

O link, caso queira apreciar esta lista maravilhosa, é o seguinte: http://www.procon.sp.gov.br/pdf/acs_release_ranking_e_graficos_cadastro_2009.pdf.

Acredite, tu verás as mais diversas empresas conhecidíssimas e que te dão tanta dor de cabeça na lista. Não vou citar nenhuma, esteja à vontade na leitura.

Abraços!


E, até a próxima - surfando na reflexão pós-moderna de criticidade.

Antes que mais alguém faça o que fizeram comigo esta semana, num certo fórum, de uma certa UNIVERSIDADE que oferece EAD: me crucificar como chato, por cobrar meus direitos.
Sou CHATO sim, porque se tenho razão - eu vou longe!