terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Segredo de Natal

Segredo de Natal

Plínio Alexandre dos Santos Caetano*

Lá fora há um vento frio e cortante.

O clima é seco – não há neve. Afinal, estamos no Brasil – um país de todas as raças, credos, ideologias e signos. As luzes timidamente piscam na sala, rodeando uma bonita árvore – que costumeiramente a família vem ornamentando já há alguns anos; seguindo certa tradição, cujos dizeres pregam que há um número de anos para que se use uma mesma árvore de natal, tudo em nome de uma boa sorte.

Lembro bem, que há alguns anos, tudo não era de todo diferente, só que esta data parecia um tanto quanto mais familiar e inclusive demasiada bem aguardada; com planos e idéias mirabolantes de criança... Por si só, representava um marco.

Qual criança não manteve o hábito de escrever aquela curiosa cartinha, bonita, cheia de esperanças e vontades?

Não entendo exatamente o porquê, só que o sonho de que caísse neve jamais me passou pela cabeça. Nem mesmo com tanto de uma cultura estadunidense suavemente “imposta” através da televisão – era suficientemente legal aguardar na “Noite Feliz” a figura lendária do Papai Noel; claro, até o dia que descobri o grande Segredo. Desde então, ainda novo, principiei a arte de me fazer de bom velhinho. Vestido à sua maneira, minha deficiência estava na pança, não só lhe improvisava, como também à barba.

Motivado pelos “adultos”, o “senhor” aqui – conhecedor do segredo do natal iniciou, de botas negras e roupa vermelho vivo a distribuir balas às vésperas do grande dia na praça; era divertido, uma vez que os que desconheciam ao segredo (ingênuas crianças...) realmente acreditavam que se tratasse do bom velhinho: o algodão, enfim, saía-se como um ótimo disfarce.

Os presentes estavam no centro de toda a grande conspiração secreta; porém, não existia um sapatinho na janela (se esta ficasse aberta seria bastante provável que a invasão de pernilongos não nos permitissem dormir pelo restante da noite). Ficávamos acordados, na grande e feliz noite, para uma ceia de natal. Entretanto, como criança nunca agüenta, sempre ficávamos “beslicando” uma ou outra gostosura.

Bons tempos... Bons tempos! Mas também não existia uma chaminé na casa. Todo o ano tinha-se o dilema: por onde ele entraria? Como transporia o universo externo sem problemas? Meras questões estratégicas... De um natal de marketing, onde o que importava era o presente, premiando os bons garotos – e às boas moças, não importava o restante. Religiosa, a família lembrava o nascimento do Menino Jesus. O natal, ou a data que inventaram para que fosse já que hoje, sabe-se que esta data é bastante incerta.

Fui crescendo. Os brinquedos foram perdendo seu sentido; o desejo por eles foi sendo substituído por novas vontades. O inevitável acontece e chega à puberdade. Caixas de brinquedos são doadas, parecido com o que acontece ainda hoje. Pois bem, nobre leitor, contigo compartilhei, nestas meias palavras, uma parcela de lembranças – corrompendo-lhe, assim, com o que foi a vida de alguém que desde cedo sabia o segredo.

O segredo, situado às entrelinhas de conhecer que, no momento em que estiverdes comprando seus presentes, haverá alguém em algum lugar com um pedido de um presente, que talvez não seja atendido; para seu desapontamento.

Aprendeste com teus pais que o natal é tempo de perdão, amor, caridade e paz; e não é nenhum segredo a você que de guerra e fome o mundo já padece há séculos; contudo o segredo é que são possíveis atitudes para que se mude esta realidade. E mais que isso: que não lhe custa o sacrifício; uma vez que não são as pequenas atitudes que mudam o mundo, mas as idéias de quem as praticam. Tudo isso é parte do grande segredo.

O verdadeiro espírito do natal não é uma mesa farta, uma árvore cheia de presentes e tampouco as luzes todas reluzentes e alegres; fazer-te crer nisto é uma maneira de lhe esconderem o segredo.

A ti, leitor, minha mensagem é que no novo ano, penses em ser diferente; pois somos nós que criamos as oportunidades. A vida não manda o que precisamos a nossa porta: ela nos manda às diversas portas que nos precisam. Talvez pareçam estas singelas e tímidas frases de efeito, confesso que podem sim ser.

Contudo, o grande mistério de ser alguém que acredita no espírito do natal, que conhece o segredo, não é buscá-lo em dezembro, mas prorrogá-lo por todo o ano. Parece um filme de natal, não? Pois é... Mas será que você descobriu o segredo? Ou parte dele? É algo que não podemos contar diretamente, afinal: segredo é segredo. Aproveite a chance, reflita sobre.

Faça a diferença para o mundo. Faça a diferença na tua vida.

Um natal maravilhoso e um excelente 2008. Um brinde!


*Plínio Alexandre dos Santos Caetano (20), é terceiranista do curso de Licenciatura em Química pela FFCLRP – USP (pliniopasc@gmail.com).

domingo, 23 de dezembro de 2007

Um diálogo sobre a Educação Inclusiva

Plínio Alexandre dos Santos Caetano (20)*

Falar de Educação Especial no Brasil implica em pensar e repensar a prática docente. Afinal, o que há de mais importante do que o papel de um professor? Foi-se a época em que o professor era alguém com o simples e correto estigma de transmissão do conhecimento de forma isenta e com caráter de estímulo à criticidade de seus alunos. Este ideal está bem guardado no passado.

O plano de aula, a proposta de ensino, o currículo. Todo o percurso seguido por um aluno durante sua vida ‘acadêmica’ não é nulo de interferências sócio-político-culturais, por mais que assim o queiramos.

Ao professor compete ensinar aquilo que seu empregador lhe outorga indiscriminadamente e sem maiores reflexões – uma por isto poder lhe custar o pão de cada dia; outra devido as grande número de aulas que tem pela frente ao começar o dia.

Mas, retomemos ao enfoque inicial de nossa conversa, caro leitor.

O presente texto lhe vem comentar um pouco sobre a Educação Especial, haja em vista que esta tem sido bastante discutida pela mídia e de modo bastante polêmico.

Bem, principiemos pela seguinte definição: educação especial é necessária a quem? Pode parecer uma simples pergunta para uma resposta simples, mas venhamos e convenhamos, nem tudo é o que parece ser, não é mesmo?!!?!

A educação especial não é para aquelas palavras bonitas que muitos educadores usam para definir seus educandos: não é para deficientes, ‘especiais’, etecetera e tal.

A educação especial é para aqueles que requerem necessidades educacionais especiais. Este seria o termo mais correto. E o que viriam a ser estas necessidades?

Agora sim podemos falar sobre o assunto, já empregamos a terminologia mais adequada possível e estamos passíveis de entrarmos no conveniente acordo de idéias.

Entende-se com um aluno com estas ditas ‘necessidades’ educacionais especiais, todo e qualquer indivíduo que se enquadre nos seguintes grupos:

1 – Apresentem dificuldades de aprendizagem, ou acompanhamento no processo de ensino-aprendizagem à sua turma ou respectivos à sua idade escolar;

2 – Apresentem um alto grau de desenvolvimento, que os coloque acima dos parâmetros esperados à sua faixa etária (também conhecido como superdotado).

Um diálogo sobre a Educação Inclusiva

É importante notar que essa dificuldade / facilidade de aprendizagem pode se dar nos aspectos artísticos, lógicos e ou lingüísticos. Agora vamos retomar o início deste texto, para pensarmos no Brasil. O que acontece no Brasil é uma inclusão progressiva, mas, acanhada.

Não dá para colocarmos todos os alunos com as necessidades especiais dentro das escolas que não estão preparadas para seu recebimento. Afinal, este é o grande problema da Educação do país. Ela não comporta o novo, que nem ao menos é algo novo de verdade. Há quem defenda em uma inclusão imediata, dizendo que as escolas se adaptarão; há quem defenda uma implementação parcial até que se atinja um nível coerente. E há o meio termo: usemos o velho modelo de educação, sendo modificado aos poucos.

A questão que aqui se coloca é a seguinte: está um professor, numa turma de quase 50 alunos (mesmo que a lei diga que o máximo é 40, há escolhas que ultrapassam e muito este percentual) hábil para dispensar atenção especial a um aluno, ou melhor, é isso que ele deve fazer? O objetivo da educação inclusiva é que o professor faça com que socialmente o aluno com as necessidades especiais conviva e participe tanto quanto os alunos comuns. Aqui está o grande ‘X’ da questão: isto depende do tipo e do nível de dificuldades apresentadas pelo aluno. Há o fator da temporalidade e como o aluno se arranja com o conhecimento. Muitas vezes é necessário o acompanhamento por toda uma equipe; mas há casos e casos. Não deve o educador abdicar de seu aluno e passá-lo a uma equipe de cuidados médicos, psicológicos ou mesmo fisioterapêuticos; e sim jamais desistir de seu aluno.

Assim, talvez o tema seja mais geral – não um problema específico do país, mas de âmbito internacional. A Declaração dos Direitos Humanos dá margem à que todos os indivíduos sejam vistos de modo igual, perante aos outros de sua espécie. Ótimo. Temos a premissa para uma vida igualitária.

A real verdade é que sem a inclusão, não há como muitos seres Humanos praticarem o que há de mais nobre e belo na sua vida: o ato da cidadania.

Independente do tipo de necessidade de cada um, somos todos iguais. A responsabilidade pela diferença, mais uma vez, está nas mãos dos educadores.

Vença mais esta Brasil!

Plínio Alexandre dos Santos Caetano é terceiranista de Licenciatura em Química pela FFCLRP da USP.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Desabafo Verde

Recentemente estive presente a um encontro cuja temática era “A questão Ambiental: Nosso mundo, nossos modos de vida”. Sob esta, uma temática bastante polêmica, há como abordar tudo o que tem sido considerado dor de cabeça pela Humanidade nos dias de hoje. O fator limitante a nosso raciocínio é exatamente este: podemos demarcar nosso presente, não modificar o passado – todavia interferimos sempre e a todo instante em conseqüências do futuro.
Não mo proponho aqui a dizer mil coisas a respeito de nada – nem descrever que tais percentagens de gases são emitidas por dia e que a taxa de desaparecimento da paisagem natural como hoje a conhecemos é ‘x’. Até mesmo porque esse assunto já é tão discutido que às vezes perde o sentido…
Acredito, apenas, que a relevância do tema é significativa e merece ser comentada nesta coluna. Chegou-se a um ponto em que a atividade antrópica é exatamente o que limita ao ser sua própria evolução.
Ainda há quem pense que o cientista – ator tecnológico[1] – detém o poder de controlar tudo a partir de seus conhecimentos, no entanto já se deve refletir sobre tal. Vencer o caos causado pela ciência pela mesma é uma tarefa árdua e extremamente demorada; haja em vista que demanda a aplicação de novas pesquisas que talvez nem sequer tenham sido pensadas.
E o problema está no tempo: em pouco tempo a situação tende a piorar – e isso é a otimista visão de que hoje não mais poluiremos, imaginando o que já foi feito irá repercutir.
Exatamente por isso o comentário de que podemos influenciar o futuro. Mas como? Circulam pela WEB milhares de e-mails sobre o fazer a diferença – talvez o uso disto não seja propriamente incorreto. Claro que uma pessoa não muda o mundo; só que esta pessoa dá o bom exemplo e prova a conscientização e seu funcionamento.
A verdade é que as idéias sufocam-se sob a pressão; não vivemos uma ficção científica e no final não há um mocinho e uma linda garota. Quisera o fosse. Apenas há a necessidade da mudança, mas somos nós a geração da energia[2]: vivemos em função de uma luz acesa, um equipamento funcionando. Nossos combustíveis poluem, e tecnologias limpas cada vez mais são necessárias para desmistificar que os combustíveis cuja queima nos é de responsabilidade única, são o peso de nossas costas. No início fez-se o fogo – hoje se faz os mp4, mp3 e celulares.
Talvez tudo isso esteja tão no íntimo do animal que o homem é, tão só animal[3]. Cheio de instintos, mas uma vez socializado preenchido pelo vazio existencialista de necessitar e implorar que o cosmo lho preste atenção.
E se hoje se propõe um veículo a hidrogênio, qual o risco se a maior causa de morte são os acidentes de trânsito? Afinal, a pressão é tamanha.
E nesse universo puramente egocêntrico do ser, de um ser Humano, fica a questão: por que não mudar?
Não é o ozônio o ícone. Tampouco as atitudes de ONGs[4]. O ícone é a autoconscientização: por um amanhã ainda valioso e por novas gerações.
Não é no Tietê de São Paulo que queremos ver o mundo. Não é no deserto que queremos a biodiversidade. Sustentabilidade[5] Já!
E uma cultura nova e não imposta, mas recriada pelos novos modos de vida das pessoas!
E da política apenas se espera que ultrapasse os créditos de carbono. Que transpondo os limites entenda que não é apenas pequenas atitudes, mas atitudes de dimensão a não se pronunciar nestas tímidas palavras. Ser sustentável, ou melhor, ter um país sustentável, não é devastar áreas inteiras por uma monocultura – quer seja de cana-de-açúcar em determinadas regiões ou mesmo de soja em outras; muito menos o é ter várias e continuar a devastar; a necessidade é preservar o que se tem e criar novas reservas naturais.
Levam-se anos para se formar uma floresta, atingir o nível crescente e maravilhoso de diversidade em um bioma. Mas esse tempo é infinitamente grande se comparado com o tempo de destruição deste.
Como toda escala cronológica – é normal que Gaia[6] tenha sua vida própria. E oscile esporadicamente, a nosso ver. Nem toda mudança é de todo ruim, há vegetações que se tornam outras.
A questão é: este papel pode ser reciclado? Quisera o fosse, tão e unicamente esta. Mas vai muito além de fechar a torneira ao escovar os dentes, não usar copos descartáveis e plantar árvores. Cá entre nós, caro leitor: se fizeres isso a partir de agora – acredite – já estás mudando o planeta.
Plínio Alexandre dos Santos Caetano
Segundanista de Licenciatura em Química pela FFCLRP USP
pliniopasc@gmail.com



Agradecimentos a: Vanilton (Vestibuvan), pela publicação em:
http://vestibuvan.com.br/artigo/
http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2007/11/401415.shtml

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Língua Luso-Africano-Brasileira

É nostálgico imaginar, como propõem ainda muitos livros de história, que há pouco mais de 500 anos ocorreu a chegada dos portugueses em suas naus ao continente americano e posteriormente ao Brasil; principalmente sobre o forte e interessado propósito de aqui se encontrar uma terra rica em especiarias e temperos: as Índias, um doce engano. De peculiaridade mais sutil também é o fato de o Brasil ter ficado tanto tempo sob os domínios Portugueses, cuja exploração se estendia também sob parte do continente Africano.Mesmo discordando de que nos encontramos em um país “descoberto” e do fato de que algum país deve-se se empregar sobre outro para fins de exploração, o uso desta introdução supracitada é com o argumento de que o único bem que nos restou (a brasileiros e a alguns africanos) é a Língua Portuguesa. Resta-me a impressão de que não o era apenas em meu caso, mas para muitos alunos ainda o é, uma árdua tarefa a leitura de Os Lusíadas[1] ou mesmo de Os Cus de Judas[2], contudo são estes livros, cuja leitura acrescenta em muito nosso aprendizado acumulativo e já há tempo visto como não individualizado e tampouco destituído de ramificações. Bem, mas esta Língua Portuguesa o é, em suas diversas localidades particulares e de importante representatividade; mas viciada de sua origem européia.Está sendo, ainda que timidamente, anunciada a unificação da gramática deste idioma. Quem tem se oposto fortemente é justamente Portugal, que se nomeia matriarca da língua e que nos estudos (apontados como tomando em consideração o número de habitantes dos países) é a que terá maior parte da escrita modificada. O objetivo, extremamente feliz ao mercado editorial – principalmente Brasileiro, é a unificação da escrita para melhor “comunicação” entre os países.De todo, talvez esta ‘revolução’ no idioma nos seja mais favorável do que o oposto. Caem alguns acentos, sai de algumas palavras compostas o hífem. E a essência de tudo fica na mesma. Mas aos portugueses, o que ocorre? O único tesouro que têm é o idioma… E logo não o terão… Não com este têm, pois o circunflexo já está mais que condenado.Por menos que possa ser tolerado, é totalmente compreendido: lhes estão agora roubando o ouro que possuem. E, daqui a certo tempo, em um não tão longínquo dia, perceber-se-á o quanto é curioso que, além das barreiras territoriais, apenas as gírias nos afastarão de uma unidade.E nossos luso-“amigos” ou melhor, nossos descobridores, ainda vão entender bem, o que talvez seja a identidade de um país. Espero que fique clara, nestas módicas linhas, não uma briga com os portugueses, mas um receio com relação à mudança. Afinal, o que temo não são as reações, mas as conseqüências (cai o trema por água também aqui): que não voltemos à idade média, ou à ditadura e que não queimem livros em praça pública. O conhecimento não desatualiza: apenas acrescenta.

[1] Clássico de Luiz Vaz de Camões, que narra exatamente sobre a grande epopéia da era dos descobrimentos, mesclado com muito de mitologia.
[2] Obra de Antônio de Lobo Antunes, que diz muito à respeito da Guerra contra uma das (ex-)colônias portuguesas na África.


Disponível também em: http://vestibuvan.com.br/unificacao-da-lingua-portuguesa/
O texto foi escrito a pedido de meu amigo Vanilton, responsável pelor Vestibuvan

Novo Blog, Blog Novo

Este é um blog novo.
Mas em que consiste o ser novo? Se o novo nada mais é do que uma cópia de tudo o que é antigo.
Não, caro leitor, que me aturas já há décadas de desespero. Não te assustes.
Não lho pretendo deixar ao deserto de pensamentos.
Veja bem, me compreenda: até o ser é nada mais do que uma cópia de seus progenitores.
Assim se inciam as palavras e as veredas intrínsecas da existência, simplesmente com o novo que vem de um velho - ou de uma velha tribo de pensamentos.
Fez-se a luz e do luar veio um sol violentamente quente: é Brasil!
Unidos, jamais. Alegres no desespero - pela eternidade.
E tudo é tão novo, que ainda posso sentir o odor deste novo.
Num futuro isso terá o cheito de mofo: esquecido e entorpecido do tempo.
Aí que o novo deixa de ser novo.
Mas isto é apenas o ciclo da vida. Não podereis fazer nada. Tampouco eu o posso.
Dormem os sonhos do velho. Mas sempre renascem ao novo.
Quanta ironia.
E assim abro este espaço!
Sejam todos bem-vindos à este blog: ao menos enquanto cheira a novo.